sexta-feira, 6 de agosto de 2010

EMPATIA?!

Hoje mesmo, à vinda para o Serviço, ouvi numa estação de rádio a opinião de um psiquiatra, segundo a qual "...a empatia é uma viagem ao Mundo do outro, mas uma viagem de ida e de volta.".
Pensei como a intuição nos conduz não raras vezes para caminhos de menor e deficiente entendimento, ou melhor, se potenciarmos o sentimento mais emocionado e sensível, a resposta pode até ser muito óbvia, demasiado evidente até.
Mas a vida é mesmo um "jogo da Glória", lembram-se, claro?!
No vai e vem das inconstâncias, sobra a insegura confiança da verdade não palpável, logo incerta. Empatia rima com simpatia, mas vai muito além (ou não) dessa acepção meramente gramatical da questão.
Estruturalmente, pode ser esta interpretada com um sentido mais intuitivo, do que construído, nomeadamente, porque na tal viagem inicial não se verificar uma identificação de códigos, as ligações, essa corrente de alguma forma alimentada na sua continuidade, vai perigando a sua continuidade, e vai-se "descarnando" em sucessivos e pequenos cortes.
Dinâmicas à parte, sobra a coerência, não essa, claro, mas outra, mais ou menos assumida, mas transparente, óbvia.
E escrevê-la é apenas e só exercitar o espiar de pensamentos fruto de acutilantes e incómodas observações sempre movidas pela busca constante da essência, do carácter, do cerne da empatia. Ou será que me quero referir, inconscientemente apenas e só a: simpatia?
Será essa a génese do equívoco, da confusão.
Pensar e reflectir são caminhos para a clarividência.
Ver bem, chegar longe, são capacidades nobres, mas por vezes amargas, pois escancaram com gritante evidência os factos, e não há choro que os contrarie.
Chega de viagens, pelo menos deste tipo.
Venham então as férias, tempo de (re)encontro(s) com os outros, ou preferencialmente, com o próprio.
Haja saúde!