quarta-feira, 25 de abril de 2007

Que voo picado tão insistente ,que inquietante zumbido.

Estou farto...são 05:25 da manhã, e há um mosquito ou uma melga que não me deixa cair no sono.
Para além dos ataques visivelmente com sucesso, continua a passear-se por cima da minha cama, em vôos Kamicazes, sem que até agora a tenha visto...
Como é que uma coisa tão insignificante,pode alterar tanto, e durante tanto tempo?!
Vou-lhe dar caça de forma a eliminá-la.
Reentro no quarto, pé- ante- pé, e nada de novo. Olho sorrateiramente e em silêncio o tecto brando á espera de ver algo contrastante, e nem viv'alma.
Sacana!!!!
Volto...e nada de novo. Parece uma guerra de guerrilha.
Ligo a televisão ao meu lado, som desligado para não incomodar a vizinha ( não que ela me mereça essa consideração)...é dia 25 de Abril, e passam imagens da guerra nas ex-colónias.
Eis senão quando, julgo, ser aproximado por um bicho voador. Levanto-me...é ele, um mosquito,que por certo pretende engordar á minha custa..
Munido de um pano de cozinha previamente enrrolado, começo a luta.
Primeiro arremesso,calmamente para não falhar, mas...falho o alvo, foi mais lesto, o agora meu adversário, diria, inimigo.
Vou atrás dele,me aguardem...abro as luzes para o atrair, e saio com militar cuidado,observando tudo...apenas "armado" do pano, e agora com a ajuda de uma pequena lanterna.
E pergunto-me, nada, nem sombra dele...o que quererá isto significar?
Terei eu tido afinal sucesso no primeiro disparo? Continuo perscutando as paredes, o tecto, á procura do ténuo contraste negro.
Então isto é que é a tal guerra de guerrilha?! E penso, como é que uma coisa tão pequena me obriga a estar nestes propósitos, ás 05:40 da manhã, fora da minha cama,eu, uma "coisa" tão maior?!
Mas sei que me compreendem,acredito que todos pelo menos uma vez nas vossas vidas já terão passado pela experiência...e entretanto as marcas,as babas nos braços começam a tomar forma.
Sacana, repito.
De certa forma entendo a razão, e a recorrência. Eu, faça Sol ou faça chuva, gosto de dormir num quarto arejado, com ar em permanente renovação.
A janela do meu quarto dá para um bosquezinho (já lhes tinha dito que adoro dizer "bosquezinho"? Faz-me recordar "coisas" boas!).
Bom, vou tentar regresso, uqis retornados que neste momento também regressam a Portugal no pós 25 de Abril, que é hoje.
Espero conseguir dormir,pois na minha idade, uma noite assim perdida já deixa mossa, e amanhã é outro dia, com situações específicas para realizar, de preferência bem,srsrsrsrsrsrs
Despeço-me, breve, desejando a todos um resto de boa noite.
Vou...

"Começar de novo"... no parque do Hotel Baía, em Cascais!


2 de Maio de 2006
...porventura,efectivamente,demasiado óbvio...mas eu tentarei ser mais explicito,pois acho o devo fazer.
Não sei se se percebe bem na foto, mas trata-se realmente da entrada do parque automóvel do Hotel Baía, em Cascais, uma descida ingreme,bem acentuada, onde,assumo, um dia há um ano -timídamente- estacionei o meu querido Fiatapunto ( como pronuncia o meu sobrinho/afilhado).
Fui tranquilo, estava calmo e espectante e,claro, curioso,muito curioso.
Tinha razões para isso,nem que fosse,também,por mera intuição.
Esperei uns minutos á entrada,estava um dia de Sol, e vi uma pessoa se dirijindo na minha direcção...de verde.
Lembro-me bem, muito bem, do cumprimento, do toque, e do sorriso franco,aberto, quente e, muito bonito,particular.
Não faço ideia como terei reagido, qual o meu comportamento, que imagem terei passado,confesso, apesar de tudo, conscientemente, não era essa a minha preocupação maior,pois como se recordam por certo, eu não ía particularmente prteocupado com nada,só curioso.
No entanto, como sou um ser humano de personalidade algo complexa e excessivamente (?) reflexiva,tinha algum receio de "complicar" nesse primeiro encontro.
Um encontro pela primeira vez, é sempre um encontro, quase, uma lotaria.
Todos os sentidos ficam animalescamente particularmente activados e apurados, e tanto se pode dar logo atracção ou repulsa, e por vezes por "coisas", pormenores aparentemente insignificantes,ainda não reveladores de coisa alguma.
Acho,escrevo-o porque o senti e o penso, correu bem, muito bem.
A seguir a esse, outros se sucederam, e a esses outros se foram acrescentando ainda outros mais...
Vivendo e aprendendo...sem disponibilidade franca e aberta não há lugar a novo conhecimento, não há espaço para inovadoras experiências, não se (pre) correm distâncias e atrás de algo com um verdadeiro sentido, quer ele apareça ou não quando e como o desejamos! Todos sabemos que não é assim que as coisas acontecem.
Claro que estou a falar de construção, mas nunca esquecendo que nas relações como nas construções , sem boas fundações/alicerces, não haverá jamais bom edifício, e esse trabalho de aturada paciência, cuidado, atenção a pormenores e, obviamente, a par do recurso a toda a panóplia de elementos afins ás manifestações de atento e efectivo afecto,carinho, amizade,dedicação, disponibilidade,compreensão,etc..
Claro que na base de tudo, há muito que acredito, está a entidade ( o DESEJO)que é uma súmula, se quisermos, de tudo o exposto, razão primeira para um despoletar, mas também para alimentar a capacidade de continuar,de preferência, num crescendo...
Mas como em tudo o resto, na vida - acreditemos mais ou menos em/no destino - é, também, preciso ter muita sorte, aquilo a que vulgarmente muitos costumam definir como estar no lugar certo, no momento adequado.
São muitos os que ainda confundem conceitos em si mesmos essencialmente tão distintos como sejam : a auto-estima e o ego. Um , o primeiro,constrói-se quase exclusivamente na infância, ou pré-adolescência, enquanto que o ego nas suas variáveis sofre várias updates ao longo do nosso precurso.
A história que vos acabei de contar em brevíssimas palavras ( e palavras não são emoções,apenas palavras,descrições aproximadas de uma real vivência), fez com que o meu ego se alimentasse, e dessa forma ao absorver tantas, e tantas coisas boas,acho, aprendi também eu a ser mais eu, mas simultâneamente a ser melhor como ser humano.
E simplificando o mais possível o meu pensamento, o meu SENTIR,afirmo sem dúvidas ou hesitações de qualquer espécie, VALEU A PENA.
Muito obrigado por tudo
Com um sorriso,sou
museolopensante