quarta-feira, 25 de abril de 2007

"Começar de novo"... no parque do Hotel Baía, em Cascais!


2 de Maio de 2006
...porventura,efectivamente,demasiado óbvio...mas eu tentarei ser mais explicito,pois acho o devo fazer.
Não sei se se percebe bem na foto, mas trata-se realmente da entrada do parque automóvel do Hotel Baía, em Cascais, uma descida ingreme,bem acentuada, onde,assumo, um dia há um ano -timídamente- estacionei o meu querido Fiatapunto ( como pronuncia o meu sobrinho/afilhado).
Fui tranquilo, estava calmo e espectante e,claro, curioso,muito curioso.
Tinha razões para isso,nem que fosse,também,por mera intuição.
Esperei uns minutos á entrada,estava um dia de Sol, e vi uma pessoa se dirijindo na minha direcção...de verde.
Lembro-me bem, muito bem, do cumprimento, do toque, e do sorriso franco,aberto, quente e, muito bonito,particular.
Não faço ideia como terei reagido, qual o meu comportamento, que imagem terei passado,confesso, apesar de tudo, conscientemente, não era essa a minha preocupação maior,pois como se recordam por certo, eu não ía particularmente prteocupado com nada,só curioso.
No entanto, como sou um ser humano de personalidade algo complexa e excessivamente (?) reflexiva,tinha algum receio de "complicar" nesse primeiro encontro.
Um encontro pela primeira vez, é sempre um encontro, quase, uma lotaria.
Todos os sentidos ficam animalescamente particularmente activados e apurados, e tanto se pode dar logo atracção ou repulsa, e por vezes por "coisas", pormenores aparentemente insignificantes,ainda não reveladores de coisa alguma.
Acho,escrevo-o porque o senti e o penso, correu bem, muito bem.
A seguir a esse, outros se sucederam, e a esses outros se foram acrescentando ainda outros mais...
Vivendo e aprendendo...sem disponibilidade franca e aberta não há lugar a novo conhecimento, não há espaço para inovadoras experiências, não se (pre) correm distâncias e atrás de algo com um verdadeiro sentido, quer ele apareça ou não quando e como o desejamos! Todos sabemos que não é assim que as coisas acontecem.
Claro que estou a falar de construção, mas nunca esquecendo que nas relações como nas construções , sem boas fundações/alicerces, não haverá jamais bom edifício, e esse trabalho de aturada paciência, cuidado, atenção a pormenores e, obviamente, a par do recurso a toda a panóplia de elementos afins ás manifestações de atento e efectivo afecto,carinho, amizade,dedicação, disponibilidade,compreensão,etc..
Claro que na base de tudo, há muito que acredito, está a entidade ( o DESEJO)que é uma súmula, se quisermos, de tudo o exposto, razão primeira para um despoletar, mas também para alimentar a capacidade de continuar,de preferência, num crescendo...
Mas como em tudo o resto, na vida - acreditemos mais ou menos em/no destino - é, também, preciso ter muita sorte, aquilo a que vulgarmente muitos costumam definir como estar no lugar certo, no momento adequado.
São muitos os que ainda confundem conceitos em si mesmos essencialmente tão distintos como sejam : a auto-estima e o ego. Um , o primeiro,constrói-se quase exclusivamente na infância, ou pré-adolescência, enquanto que o ego nas suas variáveis sofre várias updates ao longo do nosso precurso.
A história que vos acabei de contar em brevíssimas palavras ( e palavras não são emoções,apenas palavras,descrições aproximadas de uma real vivência), fez com que o meu ego se alimentasse, e dessa forma ao absorver tantas, e tantas coisas boas,acho, aprendi também eu a ser mais eu, mas simultâneamente a ser melhor como ser humano.
E simplificando o mais possível o meu pensamento, o meu SENTIR,afirmo sem dúvidas ou hesitações de qualquer espécie, VALEU A PENA.
Muito obrigado por tudo
Com um sorriso,sou
museolopensante

3 comentários:

UmOlhardeMulher disse...

..Uma tarde de sol, bem típica de Primavera, em Cascais.Eu, parada ali, esperava, ansiosa, mas tranquila. Uma curiosidade, ao mesmo tempo uma vontade de constatar, ao vivo e à cores, impressões e empatias já adquiridas pelo trocar de frases, idéias, maneiras de estar e pensar..enfim, o que eu iria sentir?
Aí, eu vi... Aquele homem, parado,à entrada do parque,e fui ao seu encontro.
Quase um ano se passou...e, hoje,
ao escrever aqui, quero apenas poder ser eu mesma a ler, três simples palavras, que, entretanto são tão completas no seu significado...e que exprimem, hoje, uma verdade sólida,..para mim...VALEU À PENA!!!

Concha disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
RFTX disse...
Este comentário foi removido pelo autor.