8/7/75
"De vigarice em vigarice vais-nos comendo as papas
Com jeito e devagar,mas habilmente.
Não sei quem te ensinou o truque com que rapas
A simpatia,o amor que tens de toda a gente.
Ninguém,eu sei. Nasceste mesmo assim :
Afável, companheiro,amigo de ajudar.
E hás-de ser o mesmo, igual até ao fim.
O bom e o mau da vida jamais te hão-de alterar.
Pois toda a ferramenta que queres eu te darei :
serrotes,e martelos,chaves de fenda,tudo
Que sirva o teu ideal de construção.
Que hei-de eu pedir-te a ti? Espera, já sei :
Enrosca lentamente, com tratos de veludo,
Com o melhor parafuso, da tua, à minha mão".
Nel
4 comentários:
Considero que a maior benesse da palavra escrita é perpetuar momentos, emoções, sentimentos, e, assim, enganar o tempo, propiciando também o partilhar, e assim, como ocorre com este texto, emocionar e enriquecer.
Bem aventurado este Pai, que ao reconhecer no filho,
o rapaz que descreveu, foi duplamente assertivo, porquanto não se enganou em sua previsão, e , hoje, pode constatar plenamente isso no homem que este filho se tornou. Bem hajam os dois, o Pai e o filho!
Há muito sentia vontade de participar neste mar de sentidos, neste partilhar de palavras, descobertas e estradas de vida conversável. Nestes caminhos tranquilos, reflectidos, sensíveis, em que nos revemos, fazem questionar e olhar para dentro de nós.
Tudo o que possa dizer é pouco, muito sentido, talvez sem lugar e sem interesse no rumo destas águas.
Mas hoje, revi esse poema lindíssimo de pai para filho que antes e agora fizeram molhar os meus olhos de tanto que sou tocada por ele, porque nos diz respeito a todos que um dia tivemos a felicidade e a bênção de cruzar o caminho de um ser humano Irrepetível, um Homem, Genuíno, Especial, Amigo que nos faz a vida mais bela, mais leve no seu sofrimento...
...que nunca caminha à frente, nem atrás, sempre ao lado...
...que vê o melhor em nós, incentiva a seguir em frente...
...que se esquece dele próprio e nos deixa brilhar...
...que ajuda, que acarinha, mas que também questiona quando é preciso...
...que presenteia com uma disponibilidade genuína ao longo de tantos anos.
Ao Filho...
..que dá muito, pede tão pouco e merece tanto!
Ao Pai...
...porque mote mais belo, verdadeiro, actual e sentido não há!
...porque senti os olhos húmidos e o coração bater forte!
...porque através destas palavras senti amor por um filho que eu nunca vou sentir!
...porque nos deu amor e me fez sentir viva!
OBRIGADA!
Etava a olhar estes dois textos/comentários tão especias, num intervalo do meu trabalho ( doí-me a cabeça, e vim aqui um pouco "passear").
Quero responder a ambos, claro, agradecendo muito antes demais ás autoras.
Só que - e há sempre um mas - que dada a natureza dos mesmos, e implicarem com a minha existência, fico assim muito pouco á vontade para comentar de forma absolutamente isenta, e suficientemente distanciada.
Mas, não será seguramente esse "contratempo" que me fará não escrever, pois apesar disso o desejo é sempre superior.
E não basta dizer obrigado, de uma forma simples e/ou desligada,como se isso por si só fosse suficiente para exprimir algum tipo de sentimento...verdadeiro.
São manifestações de rara importância, de duas pessoas que conheci, e me conheceram/conhecem em ( e por) períodos muito diferentes da/na minha vida.
Repito, que pena a dor de cabeça estar tão instalada, e outra prosa conseguiria, já, redigir, dignificando os respectivos comentários.
Em conclusão, vou imprimir ambos, relê-los, e então depois, com tempo, e tranquilidade, responder devidamente, cada um de per si.
Muito Obrigado.
mp
8/7/2007
Querido MP
MUITOS PARABÉNS
MUITA SAÚDE
MUITOS MOMENTOS FELIZES
Este Blog é a prova viva da actualidade de tão belas palavras.
Hoje e sempre continuas a ter a simpatia e o amor de toda a gente.
Que bom é ter-te.
Que bom deve ser acordar de manhã e sentir este Amor.
Muitos beijinhos e todo o meu carinho
TD
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