quarta-feira, 16 de maio de 2007

Casa vazia, espaço cheio : a gestão dos silêncios.

2 comentários:

UmOlhardeMulher disse...

Tema muito pertinente para quem vê-se, como eu, obrigada a gerir o silêncio,todos os dias, em horas variadas, o que também é um aprendizado.
Porque o silêncio tem duas caras. Uma, necessária, curativa, que pode e deve ser benvinda, na medida que, o poder do silêncio, está mesmo em capacitar-nos a ouvir-nos, isso é precioso.
Outra, que oprime, como se fosse o próprio silêncio, a gritar, ensurdecedor, nada agradável.
Mas, nós seres humanos, temos uma capacidade infinita de adaptação às circunstâncias, o que, logicamente, não nos obriga a habituar-nos ao que não é bom, apenas, vamos mesmo gerindo, pq é o que se tem a fazer.
Para mim, encontrar este equilíbrio, entre o "bom" e o "mau" silêncio é a gestão.
Fui....

RFTX disse...

Pois é, e eu, na continuidade dos meus por vezes infinitos pensamentos, penso tanto nessa gestão de espaços vazios, algo que toda a vida assisti e observei, também, no dia-a-dia da minha Mãe, e agora replico em você.
Que imensa capacidade de compenetração, de sentido da primazia, das “obrigações”, do bem, não raras vezes apenas e só em função de terceiros.
E onde estão esses terceiros? Será que deveriam uma maior obrigatoriedade à palavra PRESENTE, ou ao invés a gestão de percursos individuais é mais “normal”, mais equilibrante e acertada?
Até hoje ainda não consegui, confesso, encontrar uma resposta minimamente satisfatória.
A suma dificuldade neste exercício é mesmo a racionalização entre o entendimento entre silêncio versus solidão, o exterior e interior.
E assim se vêm as pessoas diferenciadas, aquela (e) s que no normal, conseguem semear algo que germina de forma diferente e mais luminosa.
Mas para isso é preciso que o foco ilumine de dentro, transborde em forma de vela sempre zelante e cuidadora...PRESENTE.